Apostila de Estudo (Complemento)
CONSTITUIÇÃO DO SER SOCIAL, CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA, POSITIVISMO (AUGUSTO COMTE E ÉMILE DURKHEIM), COMPREENSIVISMO (MAX WEBER) E O MARXISMO (KARL MARX)
O presente texto tem como objetivo pontuar algumas questões que foram discutidas em sala de aula. Nesse sentido, realizaremos aqui um pequeno esboço sobre o objeto de estudo da sociologia, algumas reflexões sobre as mudanças no plano material e intelectual ocorridas a partir do século XVI que favoreceram o florescimento de um novo modo de produção, o capitalismo, e como tudo isso produziram as condições favoráveis para o entendimento da sociedade em bases científica, surgindo assim a sociologia, através de pensadores agrupados na corrente denominada de positivismo, compreensivismo e marxismo.
Dessa forma, iniciaremos a nossa discussão enfatizando que o homem é um ser natural, sendo, por isso, indispensável a relação com a natureza para o desenvolvimento da sua espécie. O homem transforma a natureza e, nessa transformação, transforma a si próprio.
As outras espécies animais também se relacionam com a natureza em busca de sua sobrevivência. Entretanto, nessa relação, há diferenciações importantes na forma como os homens mantém essa relação.
A relação dos animais é biologicamente determinada. Isso significa que os animais realizam, de forma geral, ações que já vem padronizadas no seu código genético. Isso acontece com mínimas alterações ao longo do tempo, já que suas experiências são transmitidas pelo código genético. São ações limitadas, realizadas a partir da imediaticidade da situação, ou seja, os animais agem pensando no aqui e agora. Na busca pela sobrevivência procuram adaptar-se ao meio em que vivem, alterando pouco a natureza.
Os homens também atuam na natureza em busca de satisfazer suas necessidades. Entretanto, essas necessidades são ilimitadas. O homem não só pode alterar uma velha necessidade, como a fome[1], por exemplo, como também criar novas necessidades. As ações dos homens não se limitam a imediaticidade da situação. Ele pensa no futuro, produz universalmente, para si, para a sua geração e futuras. Nesse sentido, é essencial entender que a ação do homem não é determinada apenas biologicamente, mas principalmente determinada pela incorporação das experiências e conhecimentos anteriores, ou seja, pela educação e cultura na qual ele se inseri.
[1][1] A forma como os homens saciam a fome modificou-se ao longo do tempo. Eles antes comiam, por exemplo, carne crua. Após a descoberta do fogo passou a assar a carne. Hoje, em muitas culturas, criou-se o hábito de comer com garfo e faca.
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